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O que é medicina de tráfego?

Conheça detalhes sobre essa área médica fundamental para centros urbanos

A medicina é uma das esferas profissionais mais concorridas para se ingressar e uma das mais complexas para se especializar. Além de toda a completude do curso, o estudante ainda tem de lidar com questões pertinentes à área que deseja atuar.

Mas qual escolher? Por onde enveredar? Pediatria? Psiquiatria? São tantas opções que podem mudar ao longo da trajetória vestindo o jaleco, que fica difícil definir no começo da graduação o que seguir.

Dentre esse mar de possibilidades, porém, existe um tema pouco difundido entre os planos de saúde e especialidades médicas procuradas pelos pacientes, a medicina de tráfego.

Trata-se de um campo bastante específico que se dedica a cuidar de casos que tenham sido resultados de acidentes de trânsito, mas também entender como prevenir esses acidentes.

Há subdivisões bastante pertinentes, sobretudo para compreender a função desta ciência médica na prática e como ajuda a cuidar da vida da população.

Veja mais detalhes a seguir e entenda a importância dessa área médica.

Tipos de atuação

Quando falamos em tráfego, referimo-nos não só aos carros e motocicletas, mas a todo o sistema que envolve a mobilidade do indivíduo.

Assim sendo, a medicina de tráfego acaba atuando em, pelo menos, dez diferentes frentes.

Ocupacional

Estuda doenças que motoristas profissionais podem ter, auxiliando na criação de diretrizes, aprovações ou restrições para que o indivíduo possa exercer o cargo.

Curativa

Trata-se do atendimento rápido no local onde ocorreu o acidente, agindo de acordo com o que for necessário para manter a pessoa viva até que um atendimento mais especializado seja possível.

Viajante

Controla a imunização contra possíveis doenças que o turista pode ter contato no local de destino, bem como ameaças, tais quais animais peçonhentos que possam atacar.

Preventiva

Estuda as causas e pensa em ações preventivas, inclusive de conscientização social, dividindo em grupos de risco, entre pessoas que não devem ser habilitadas para conduzir, como dependentes químicos e alcoólatras.

Legal

Dá assistência ao Poder Público no que diz respeito à criação de leis protetivas para o cidadão em deslocamento, como uso do cinto de segurança, controle de velocidade, etc.

Secundário

Apura danos corporais a fim de autorizar recebimentos de seguros, por exemplo.

Rodoviário

Auxilia na diminuição de acidentes em rodovias, atuando, principalmente, na capacitação de motoristas, sobretudo aqueles que transportam cargas pesadas.

Ferroviário

A partir da realidade das ferrovias, incluindo passagens subterrâneas, como as do metrô, são avaliadas as causas e consequências dos acidentes.

Aeroespacial

Avalia causas de estresse da tripulação, tais como medo da decolagem ou turbulência, e busca maneiras de diminuir esses impactos.

Aquaviário

Avalia profissionais que trabalham em portos, docas e demais locais que envolvam o tráfego aquático, a fim de saber se podem conduzir qualquer veículo em segurança. 

Residência Médica

Com duração de dois anos, a residência médica em Medicina de Tráfego é fundamental, pois o candidato deve ser polivalente, atuando multidisciplinarmente, já que há uma infinidade de situações médicas que podem ocorrer em um acidente.

Este profissional precisa estar formado em Medicina e sua avaliação é diferenciada para o ingresso na residência, podendo ser feita apenas por um profissional que já esteja inserido na área. A anamnese para a aptidão física é, também, específica.

Relação com a Engenharia de Tráfego 

Os estudos e avanços na área da Medicina de Tráfego impactam na idealização e concepção da segurança dos veículos, bem como na situação e manutenção das vias e rodovias.

Isso se dá devido ao fato de que, por estudarem a origem dos acidentes de trânsito, os médicos ajudam a pensar em maneiras de fazer com que a mecânica seja uma aliada, sem que prejudique ainda mais a vítima.

É o caso dos airbags e cintos de segurança, que devem ser minimamente calculados para não deixar que os usuários dos veículos corram ainda mais riscos quando ativados.

Apesar de não ser uma especialidade procurada diariamente pelas pessoas, tal como Oftalmologia ou Cardiologia, por exemplo, prepara profissionais para que estejam sempre de prontidão.

Essa função é fundamental, principalmente no Brasil, em que o números de mortes não naturais são, em sua maioria, causados por acidentes de trânsito.

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